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Por que a F2 seria adequada para o papel de teste de Herta

por Lucas Andrade
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Por que a F2 seria adequada para o papel de teste de Herta

Colton Herta não retornará à IndyCar em 2026

É oficial: Colton Herta não fará o retorno à IndyCar Series em 2026.

Mudanças Recentes na Situação de Herta

Apenas algumas semanas atrás, essa decisão parecia improvável, especialmente considerando que a Cadillac optou por contratar dois pilotos experientes para sua equipe de Fórmula 1, com o que foi descrito como contratos de múltiplos anos. Essa escolha poderia ter proporcionado a Herta mais um ou dois anos para garantir os pontos necessários para a Super Licença da FIA na IndyCar. No entanto, em vez disso, ele será integrado imediatamente à estrutura da Cadillac.

Oportunidades na Fórmula 1

Não foi segredo o desejo de proporcionar a Herta uma oportunidade na Fórmula 1, com a proposta original da Andretti Global sugerindo que ele seria um dos pilotos da equipe de corrida. Agora, a operação da TWG Motorsports, dirigida por Dan Towriss, está buscando criar um caminho que ligue a IndyCar a um dos assentos na Fórmula 1.

Transição para a Fórmula 1

Aos 25 anos, deixar de competir para se comprometer em tempo integral com a função na Fórmula 1 representa um grande passo para Herta, que está se afastando da IndyCar e, até o momento, não anunciou seu programa de corridas para 2026. É viável que ele não tenha um grande calendário, já que seis sessões de FP1, onde ele cobre pelo menos 100 km e não recebe penalidades, lhe dariam os pontos necessários para sua Super Licença. No entanto, o cenário mais provável é que Herta combine seu agora confirmado trabalho como piloto de testes da Cadillac com uma corrida na Fórmula 2.

Desafios e Oportunidades na Fórmula 2

Embora essa transição represente uma queda em relação a ser um vencedor de nove corridas na IndyCar para um novato na F2, há várias razões pelas quais essa mudança faria sentido. Primeiramente, com seu papel na Cadillac agora confirmado, competir na série de suporte da F1 manteria Herta próximo da equipe durante todo o ano, permitindo que ele mantenha sua forma competitiva. Todos os eventos da F2 ocorrem como corridas de suporte durante os fins de semana da F1, assim, não haveria conflitos em sua agenda que o impedissem de estar presente com a equipe.

Pontos da Super Licença e Experiência em Pista

Outro motivo muito claro para competir na F2 é a possibilidade de acumular pontos para a Super Licença. O décimo lugar no campeonato garante três pontos, enquanto o oitavo lugar assegura seis pontos, que são necessários para atingir o número mágico de 40 (os três primeiros na classificação também recebem automaticamente os necessários 40 pontos). Mesmo apenas os pontos pela décima posição o colocariam bem mais próximo do total, reduzindo o número de sessões de FP1 que ele precisaria participar – sessões que ele conseguiria participar mais facilmente ao não correr na IndyCar.

A experiência na pista também é um fator a ser considerado. Competir nos mesmos circuitos da F1 durante os fins de semana da F2 aumentaria o conhecimento de Herta sobre os locais em que a Cadillac estará competindo. Ele também utilizaria os pneus Pirelli, que são projetados para apresentar degradação semelhante à dos utilizados na F1. Embora não sejam idênticos, e a máquina também impacte como o pneu se comporta para o piloto, esse detalhe o colocará em um patamar mais igualitário em relação a outros pilotos que vêm pela escada da F1.

Preparação e Reconhecimento do Sistema Atual

Embora cada um desses pontos possa parecer pequeno isoladamente, a combinação de todos eles oferece um benefício claro em termos de Herta estar melhor preparado caso tenha a oportunidade de competir na F1 no futuro. É possível discutir se a estrutura da escada e os pontos da Super Licença são corretamente organizados, considerando que alguém tão talentoso e bem-sucedido na IndyCar como Herta ainda não tem autorização para correr na F1. Contudo, se Herta e a TWG se comprometerem com essa preparação através da F2, isso demonstraria um significativo respeito pelo sistema atual.

Exemplos de Rookies na Fórmula 1

A chegada de novos pilotos da F2 neste ano é um exemplo claro dos prós e contras de tal movimento. Isack Hadjar conquistou seu primeiro pódio no último domingo em Zandvoort, destacando-se pela Racing Bulls em sua temporada de estreia, após ter finalizado como vice-campeão no campeonato da F2 do ano passado. Hadjar também passou pela F3, antes de passar dois anos na F2, e agora é considerado um futuro piloto da Red Bull.

O campeão da F2 de 2024, Gabriel Bortoleto, impressionou na Sauber, já tendo um top-6 em seu nome nesta temporada. Kimi Antonelli conquistou seu primeiro pódio no Canadá, enquanto Oliver Bearman alcançou um sexto lugar, seu melhor resultado na carreira, apenas três dias atrás pela Haas.

Desafios na Fórmula 2

Entretanto, Bearman e Antonelli demonstram que competir na F2 não garante sucesso ou pontos para a Super Licença. Bearman venceu três corridas em 2024, mas terminou em 12º no campeonato, enquanto Antonelli também ficou fora da disputa, apesar de ambos serem companheiros de equipe na tradicional equipe forte PREMA.

A movimentação de engenheiros e mecânicos, além de maquinários por vezes temperamental, pode criar forças e fraquezas claras entre as equipes, mesmo com a natureza de especificação da série. Acrescente a isso apenas uma sessão curta de prática antes da qualificação, e há pouco tempo para resolver problemas durante um fim de semana.

Bearman e Antonelli, pelo menos, já tinham os pontos da Super Licença em mãos, mas suas respectivas temporadas no ano passado – e as performances até agora nesta temporada – devem provar que possuem habilidade, mesmo que não tenham conseguido mostrá-la sempre na F2. É um fato que Herta, a TWG e todos os seus apoiadores devem ter em mente caso uma corrida na F2 seja confirmada. Os resultados podem ser o foco, mas ainda não dependem exclusivamente do piloto e suas habilidades.

Essa movimentação pode arriscar prejudicar a reputação de Herta aos olhos daqueles que analisam apenas suas posições finais, caso ele enfrente dificuldades contra pilotos mais jovens que trilharam o mesmo caminho por anos. Contudo, mesmo que os pontos da Super Licença não sejam alcançados, a preparação para o próximo passo – especialmente quando combinada a um papel em uma equipe de F1 – ainda se revela valiosa, independentemente do resultado.

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