Desequilíbrios no Regulamento Técnico da Fórmula 1
Nikolas Tombazis, diretor de monopostos da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), reconheceu que as novas regras técnicas da Fórmula 1 para 2026 podem resultar em desequilíbrios significativos entre as equipes. De acordo com suas declarações, esse cenário pode levar algumas equipes a enfrentar um "sofrimento eterno" dentro do grid, especialmente devido às limitações impostas pelo teto orçamentário.
Diferenças de Desempenho
A preocupação com as disparidades de desempenho entre as equipes foi acentuada por dados divulgados pela Pirelli à Associated Press. As informações indicam que, em simulações realizadas, algumas equipes apresentaram tempos de volta até quatro segundos mais lentos em comparação com outras. Uma diferença de desempenho dessa magnitude pode, inclusive, resultar na impossibilidade de algumas equipes se classificarem para as corridas, considerando a regra dos 107%. Essa regra estabelece que os carros que não alcançarem uma margem de tempo em relação ao líder não podem participar do grid de largada.
Minimização das Possibilidades de Exclusão
Apesar das preocupações, Tombazis minimizou a possibilidade de que a regra dos 107% se torne um problema significativo. Ele afirmou: “Acho que a regra dos 107% é bastante improvável, na minha opinião. No próximo ano, temos um nível maior de incerteza no desempenho, isso é absolutamente verdade. Temos novos participantes. Temos novos regulamentos. Essas duas coisas combinadas podem significar que pode haver lacunas maiores em alguns lugares.”
Sustentabilidade Financeira e Desempenho
Tombazis também comentou sobre a importância do teto de custos, ressaltando que ele é essencial para a sustentabilidade financeira do esporte. Ele defendeu essa medida, afirmando: “Isso cria um problema: se você estiver significativamente atrás em desempenho e não puder gastar mais para recuperá-lo, pode ser condenado a um sofrimento eterno por ficar eternamente atrás.”
Medidas para Equipes em Desvantagem
Para abordar a questão das equipes que possam ficar muito atrás, a FIA está explorando maneiras de oferecer suporte. No entanto, Tombazis deixou claro que a utilização do Balance of Performance (BoP), uma prática bastante comum no endurance, está fora de cogitação. Ele afirmou: “Não estamos adicionando nenhum desempenho artificial a nenhum carro, ou lastro artificial em qualquer carro, nem nada desse tipo. Isso absolutamente não é algo que jamais acontecerá na Fórmula 1.”
Conclusão
O futuro da Fórmula 1, à medida que se aproxima a implementação das novas regras para 2026, continua a levantar questões sobre a competitividade e a equidade entre as equipes. As preocupações sobre o desempenho desigual, especialmente em relação ao teto orçamentário, permanecem como um tema central nas discussões da FIA. As ações e decisões que serão tomadas nos próximos anos terão um impacto significativo na dinâmica do campeonato e no equilíbrio entre as equipes participantes.