Desempenho de Joan Mir no Grande Prêmio da Malásia
Joan Mir expressou seu “orgulho” ao ultrapassar a Ducati de Fermin Aldeguer, destacando a melhora no desempenho em linha reta da Honda durante o Grande Prêmio da Malásia de MotoGP. O piloto da equipe HRC conquistou seu segundo pódio em quatro corridas em Sepang, terminando em terceiro lugar, atrás do vencedor Alex Marquez e de Pedro Acosta, após Francesco Bagnaia se retirar da corrida devido a um furo.
A Ultrapassagem e a Performance da Honda
Mir, que começou a corrida na sétima posição do grid, conseguiu ultrapassar Aldeguer na última curva do segundo giro, com ambos os pilotos se aproximando da borda da pista na saída. Essa manobra levou a uma disputa direta ao longo da reta de largada/chegada, onde Mir conseguiu se destacar antes de completar a ultrapassagem na curva 1.
Nos últimos anos, a Honda enfrentou dificuldades significativas em relação à velocidade máxima, que foi um dos seus pontos fracos mais evidentes. No entanto, as atualizações mais recentes mudaram a sorte do fabricante japonês. Durante a corrida, Mir registrou uma velocidade máxima de 333,3 km/h na zona de velocidade. Na classificação, tanto Mir quanto o piloto da LCR Honda, Johann Zarco, atingiram 338,5 km/h, um pouco abaixo da marca alcançada por Acosta com sua KTM.
Reconhecimento do Progresso
Embora o campeão de MotoGP de 2020 tenha reconhecido que existiam algumas circunstâncias atenuantes, ele acredita que a ultrapassagem sobre Aldeguer demonstra o progresso que a Honda fez em relação ao motor. “Não temos um motor novo, então essa é a realidade um pouco. É verdade que a moto de Aldeguer não é a Ducati mais rápida”, afirmou Mir. “No passado, sonhávamos apenas em acompanhar, e agora temos a chance. Estamos apenas melhorando. Ultrapassar uma Ducati na reta me deixa orgulhoso.”
A Honda se tornou uma concorrente muito mais forte desde que introduziu um pacote atualizado após a pausa de verão. Luca Marini terminou em uma forte quarta posição na corrida sprint na Hungria, enquanto Mir colocou a Honda de volta ao pódio em sua corrida caseira no Japão no mês passado.
Desafios e Oportunidades para a Honda
Mir reconheceu que ainda existem áreas nas quais a Honda está atrás dos concorrentes, mas afirmou que consegue perceber o progresso realizado desde que ingressou na equipe em 2023, após a saída da Suzuki da MotoGP. “Consigo atacar a frente com mais intensidade, consigo fazer a moto virar mais ao entrar nas curvas”, explicou.
No entanto, Mir também destacou que a equipe enfrenta limitações em termos de aderência, o que pode complicar as corridas em pistas com baixa aderência. “Estamos trabalhando um pouco nisso, tentando melhorar para o próximo ano, para ter um pacote competitivo”, afirmou. “Mas temos que estar muito felizes com todo o trabalho que realizamos nos três anos em que estou na Honda.”
Compromisso a Longo Prazo
Mir enfatizou que o progresso não se trata apenas de resultados imediatos, mas sim de um esforço a longo prazo. “Não é algo que se resolve a curto prazo; é sobre o trabalho a longo prazo: fornecer informações aos engenheiros, trabalhar juntos, tentando construir um pacote competitivo. E agora temos que aproveitar o momento.”