Melhorias na Abordagem de Oliver Bearman
Oliver Bearman destacou que as mudanças em sua abordagem durante os finais de semana de corrida foram fundamentais para as melhorias significativas que obteve na temporada de Fórmula 1 de 2025. O piloto da Haas terminou sua temporada de estreia em 13º lugar, duas posições acima de seu companheiro de equipe, Esteban Ocon, que é vencedor de grandes prêmios, graças a resultados mais consistentes após a pausa de verão.
Resultados Após a Pausa
Seis dos nove finais de corrida nos quais Bearman pontuou ocorreram a partir do Grande Prêmio da Holanda, realizado em agosto. Essa sequência incluiu uma impressionante quarta colocação no Grande Prêmio do México, onde ele competiu entre os primeiros colocados por grande parte da corrida. Essa performance contrastou fortemente com seu desempenho inicial, quando ele passou por nove grandes prêmios sem conseguir marcar pontos. Apesar de uma atualização no chão do carro em Austin ter contribuído para a mudança de situação, Bearman acredita que sua evolução se deve a fatores mais abrangentes.
Estrutura nos Finais de Semana
“Desde a pausa de verão, tentei adicionar um pouco mais de estrutura aos meus finais de semana, à maneira como conduzo esses dias”, comentou o jovem piloto de 20 anos. Ele explicou que, frequentemente, dedicava muito tempo a melhorar sua pilotagem e a configuração do carro, especialmente antes da pausa de verão, quando tinha dificuldades até para sair da Q1. “Eu passava todo o meu tempo focado em como posso melhorar minha pilotagem, como posso ajustar a configuração do carro para encontrar meio décimo. Não dedicava tempo a pensar na minha mentalidade antes de entrar no carro e estabelecer metas para cada sessão.”
Bearman continuou: “Agora, me certifiquei de que, meia hora antes da sessão, eu parasse de trabalhar na configuração e na pilotagem e focasse no meu lado mental. Descobri que isso tem sido bastante útil.”
Aprendizado como Novato
Esses aprendizados são parte do processo de um novato na Fórmula 1, já que um piloto precisa passar por períodos difíceis para se tornar um competidor melhor. “Na primeira metade da temporada, terminei em 11º lugar em quatro ou cinco corridas consecutivas, então não era como se estivesse fazendo um trabalho terrível”, comentou Bearman, ao ser questionado sobre como as coisas poderiam ter sido diferentes se ele tivesse adotado sua nova abordagem ao longo de todo o ano.
Ele reconheceu que havia uma falta de consistência, mas enfatizou que a única maneira de aprender o que fazer é cometendo erros. “É fácil dizer que eu poderia voltar e aplicar esse processo, mas isso é apenas eu falando como um piloto de segundo ano”, ele acrescentou, referindo-se ao fato de que começou três grandes prêmios em 2024. “Essa é a verdadeira diferença. Há muitas mudanças que eu teria feito, muitas diferenças que eu teria implementado, mas como posso saber isso sem o conhecimento do que funciona e o que não funciona?”
Bearman explicou que a primeira metade da temporada foi puramente exploratória e precisava ser assim, pois ele precisava descobrir o que funcionava para ele e o que não funcionava. “A Fórmula 1 é um esporte muito diferente do que eu venho fazendo ao longo da minha vida. Definitivamente, eu teria mudado algumas coisas, mas não é tão simples assim. Você precisa cometer erros para aprender com eles, e essa realmente tem sido a história da temporada.”
Reflexões sobre a Temporada
Esse progresso o leva a olhar para o ano com uma perspectiva positiva, acreditando que isso o prepara para uma longa carreira no auge do automobilismo. “Fiquei satisfeito com isso”, disse o britânico. “Isso não quer dizer que sou um piloto perfeito e polido, porque ainda tenho muito a aprender e estou ciente disso.”
Bearman destacou que estar ciente de suas limitações é igualmente importante. Ele afirmou que se sente em um bom lugar atualmente e que a estrutura que adicionou aos seus finais de semana tem funcionado bem. “Sinto que encontrei um pouco de impulso e ritmo. Acredito que o ritmo também é uma coisa muito poderosa neste esporte. Não é apenas uma única mudança que ocorreu. Isso também é consequência do ganho de experiência no esporte. Estar na corrida 21 ou em qualquer que seja a corrida em que estamos agora, eu perdi a conta. Isso também é um grande fator.”