Desafios do GP dos Estados Unidos
Antes da realização do Grande Prêmio dos Estados Unidos, que está programado para ocorrer entre os dias 17 e 19 de outubro, Pedro de La Rosa, que atua como embaixador da Aston Martin, compartilhou suas percepções sobre os principais desafios enfrentados por engenheiros e pilotos no traçado do Circuito das Américas, localizado em Austin.
Características do Circuito
“O Circuito das Américas, conhecido como COTA, apresenta uma série de concessões”, explica De La Rosa. Ele destaca que o circuito possui uma combinação de trechos de baixa e alta velocidade, o que leva os engenheiros a buscarem um equilíbrio na configuração dos carros que atenda a essas diferentes exigências presentes na pista.
Importância do Ajuste da Altura do Solo
De acordo com De La Rosa, o ajuste da altura do solo dos carros de Fórmula 1 é um fator essencial para garantir um bom desempenho no circuito norte-americano. “Os carros devem ser ajustados para estarem altos o suficiente para funcionar adequadamente em baixa velocidade, mas ao mesmo tempo, precisam estar baixos o suficiente para gerar downforce nas seções mais rápidas da pista”, afirma.
Desafios no Setor 1
Essa questão de encontrar um equilíbrio é particularmente crítica no Setor 1 do circuito, onde se localizam as famosas curvas em “S”. “Para ganhar tempo, é necessário passar por cima das zebras, mas se o carro bater com muita força nelas, pode perder downforce e a estabilidade da traseira. É fundamental encontrar um meio-termo”, explicou De La Rosa.
Emoções do Setor 1
De La Rosa considera o Setor 1 como um dos mais emocionantes para os pilotos, caracterizado por sua alta velocidade. “É um trecho de altíssima velocidade e exige uma precisão extrema. Os pilotos sentem uma força G significativa, passando de 5 G em uma direção para 5 G na outra quase que instantaneamente”, descreve.
Curvas Desafiadoras
Entre os pontos mais desafiadores do circuito, De La Rosa menciona a Curva 1, que conta com uma grande elevação e oferece boas oportunidades para ultrapassagens. Além disso, destaca a Curva 19, que é considerada a mais difícil do circuito. “Se um piloto entrar cedo demais na curva, pode acabar rodando. Por outro lado, se entrar tarde demais, pode sofrer com understeer e sair dos limites da pista. É extremamente complicado acertar essa curva”, detalha.
Gerenciamento dos Pneus
Por último, o ex-piloto enfatiza a importância do gerenciamento dos pneus durante a corrida. “Os pneus são bastante exigidos na primeira metade da volta, portanto, é crucial preservá-los para a segunda metade, especialmente durante a classificação. Correr na COTA se resume a encontrar um equilíbrio delicado na configuração do carro para que se possa explorar ao máximo o limite da pista”, conclui De La Rosa.
Participação da Aston Martin
A Aston Martin se prepara para entrar em ação neste fim de semana com os pilotos Fernando Alonso e Lance Stroll, buscando alcançar a equipe Racing Bulls no campeonato de construtores. Atualmente, a Aston Martin acumula 68 pontos, enquanto a equipe satélite da Red Bull ocupa a sexta posição com 72 pontos.