Mercedes não interfere em disputa entre pilotos
Durante o Grande Prêmio do Azerbaijão, a equipe Mercedes decidiu não intervir na disputa entre Kimi Antonelli e George Russell. A equipe afirmou que não houve necessidade de impor ordens de equipe, uma vez que a situação foi resolvida de forma natural ao longo da corrida. O momento de tensão ocorreu após Russell realizar uma ultrapassagem sobre Yuki Tsunoda, da Red Bull, e se aproximar do seu companheiro de equipe, Antonelli.
Momento de Tensão
Na relargada da prova, Antonelli pressionou Russell na saída da curva 1, o que possibilitou que Tsunoda realizasse uma ultrapassagem. Quando Russell voltou a ficar atrás de Antonelli, ele sugeriu à equipe que fosse autorizado a ultrapassá-lo, mencionando a diferença de estratégias entre os dois pilotos. Russell estava utilizando pneus duros, enquanto Antonelli estava com compostos médios e se aproximava de sua primeira parada nos boxes.
Situação de Corrida
Russell permaneceu por cinco voltas dentro da zona de DRS de Antonelli, enquanto o jovem piloto tentava atacar Liam Lawson, da equipe Racing Bulls, que estava à sua frente. Mesmo com a pressão, a equipe Mercedes optou por permanecer neutra. James Allison, diretor técnico da Mercedes, explicou essa decisão logo após a corrida.
“Não temos receio dessas trocas,” declarou Allison. “Elas podem ser feitas de uma maneira que não prejudique nenhum dos pilotos, especialmente quando estão claramente utilizando estratégias diferentes. Se você simplesmente permitir que os carros se ultrapassem rapidamente, sem que um esteja com pneus novos e o outro com pneus mais desgastados, isso pode acontecer sem que haja prejuízo para nenhum dos carros na corrida. Porém, neste caso específico, a intervenção realmente não foi necessária.”
Análise da Estratégia
Allison continuou sua análise, afirmando que a equipe tinha consciência do ritmo de Antonelli, que estava utilizando pneus médios e se aproximava do fim de seu stint, o que resultava em uma degradação gradual dos compostos. “Sabíamos que Kimi, à frente, estava chegando ao final de seu stint com pneus médios, que, por serem diferentes dos duros, estavam se desgastando um pouco. Assim, seu ritmo começava a cair. George, que estava atrás, estava realmente aumentando seu ritmo e se aproximando de Kimi. Poderíamos prever que eles eventualmente se encontrariam. Contudo, sabíamos que, quando isso acontecesse, Kimi teria que entrar nos boxes naturalmente como parte de sua estratégia.”
Allison enfatizou que, portanto, não havia necessidade, naquele momento específico, de considerar a troca de posições entre os pilotos, já que o fluxo natural das paradas nos boxes iria liberar o caminho à frente de George de qualquer maneira.
Resultado da Corrida
E foi exatamente isso que ocorreu: Russell superou Antonelli durante as paradas nos boxes e conseguiu terminar a corrida à frente não apenas de seu companheiro de equipe, mas também de Liam Lawson e Carlos Sainz. A estratégia da equipe se mostrou eficiente, permitindo que Russell capitalizasse sobre a situação e garantisse um resultado positivo na competição.
Conclusão
As decisões tomadas pela Mercedes durante o GP do Azerbaijão demonstraram uma confiança na capacidade de seus pilotos de se gerenciarem em situações de corrida complexas, sem a necessidade de intervenções externas.