Motivação para a Mudança
Guenther Steiner, ex-chefe da equipe Haas, afirmou que sua busca por um novo desafio o levou a assumir o controle da equipe Tech3 na MotoGP, ao invés de buscar um retorno à Fórmula 1. No início deste mês, foi anunciado que um consórcio liderado por Steiner havia adquirido a equipe satélite da KTM, anteriormente de propriedade de Herve Poncharal.
O acordo permitirá que o italiano assuma o cargo de CEO em 2026, com seu parceiro de negócios, Richard Coleman, substituindo Poncharal como chefe da equipe.
Trajetória Profissional
Embora Steiner seja mais conhecido como o arquiteto da equipe que leva o nome de Gene Haas, sua carreira no automobilismo começou nos ralis na década de 1980, inicialmente como mecânico. Além disso, ele ajudou a Red Bull a lançar sua equipe na NASCAR em 2006. Com isso, a MotoGP se tornará a quarta disciplina do automobilismo em que ele atuará.
Apesar de sua permanência como comentarista na Fórmula 1 desde sua saída da Haas no final de 2023, Steiner revelou que não se sentiu atraído por um papel mais prático, optando por se direcionar para as corridas de motocicletas.
Reflexões Sobre o Futuro
"Por que não um novo projeto na Fórmula 1? Primeiramente, eu diria que a MotoGP é algo que sempre olhei, mas nunca tive tempo para me dedicar, e achei interessante," disse Steiner. Ele comentou sobre sua experiência anterior: "Eu acho que a Fórmula 1 está em um estágio em que eu fiz o que tinha que fazer, estive lá tempo suficiente, então eu queria fazer algo novo. Sempre gostei de novos desafios. Eu me mudei para os Estados Unidos para abrir uma equipe da NASCAR quando estava na Fórmula 1."
Steiner continuou a refletir sobre suas experiências passadas, afirmando: "A Fórmula 1 é fantástica, mas não é a única coisa que você pode fazer no automobilismo. Sempre busquei desafios na minha vida, algo novo, porque quando começamos, pensei: ‘você acha que posso fazer isso acontecer?’ E nós conseguimos."
Oportunidades e Controle
Richard Coleman revelou que Steiner teve várias oportunidades de trabalho dentro da Fórmula 1. No entanto, após a Haas decidir não renovar seu contrato dois anos atrás, Steiner buscou um papel em que pudesse ter controle total sobre seu destino. Coleman explicou: "Guenther teve várias ofertas e propostas na Fórmula 1, mas ambos estivemos em ambientes onde tivemos relações tensas com pessoas com quem trabalhamos, e queríamos fazer algo que estivesse muito em nossos termos, onde tivéssemos total controle."
Ele acrescentou: "Assim, olhando para um horizonte de cinco anos, estamos bastante animados com o que acreditamos que podemos fazer neste paddock."
Steiner e Coleman abordam essa nova fase com total humildade, reconhecendo que levará um tempo para aprender, mas expressam o desejo de não serem apenas mais um participante. "Portanto, precisamos olhar para um projeto que acreditamos que, a longo prazo, seremos capazes de ter sucesso."