Detalhes da Celebração do Título de 2008
Em uma entrevista concedida a um site de apostas britânico, Marc Priestley, ex-mecânico da equipe McLaren, compartilhou informações sobre os bastidores das comemorações da equipe após a conquista do campeonato mundial por Lewis Hamilton em 2008. Priestley apresentou um retrato descontraído e multifacetado do heptacampeão.
Hamilton como DJ nas Festas
Priestley relembrou momentos divertidos das celebrações, destacando a festa que ocorreu logo após a vitória dramática de Hamilton sobre Felipe Massa no Grande Prêmio do Brasil daquele ano. “Lewis Hamilton pode ser ótimo nas festas”, disse Priestley. Ele revelou que Hamilton trouxe para a celebração sua namorada da época, Nicole Scherzinger, e que o piloto assumiu as pick-ups na boate onde estavam, atuando como DJ durante a maior parte da noite. “A Nicole pegou o microfone e começou a cantar, com o Lewis acompanhando. Já vi todos os lados dele!”
Essa cena, que poderia facilmente ser parte de um videoclipe, contrasta significativamente com a imagem altamente profissional que muitos têm de Hamilton atualmente, que está envolvido em causas sociais, moda e projetos fora da Fórmula 1.
Comparações com Outros Pilotos
Priestley aproveitou a oportunidade para fazer comparações com outros ex-pilotos da McLaren, como Fernando Alonso. “Fernando não aparecia nas festas de Natal da equipe, como você pode imaginar, dado como as coisas terminaram na McLaren”, comentou o britânico, fazendo referência à tensa temporada de 2007 que viveram juntos.
As comparações mais intrigantes surgiram ao mencionar Michael Schumacher e, especialmente, Kimi Räikkönen. “Raikkonen era um cara incrível. Pilotava de forma absurda, virando voltas recordes, e depois ia festejar como um louco. Era como um moleque de 22 anos, mas milionário. Era o jeito de ser na época, e era divertido,” lembrou Priestley, expressando nostalgia por aqueles tempos.
Mudanças nas Festas da Fórmula 1
Se o paddock da Fórmula 1 de antigamente parecia mais uma extensão do backstage de um festival de música, a realidade atual é bastante diferente. Priestley apontou que isso se deve, em grande parte, ao impacto dos celulares. “Muitos desses pilotos que estão surgindo agora, como Lando Norris e Max Verstappen, ainda são muito jovens e precisam se divertir um pouco,” defendeu ele. “Mas a consciência de que tudo pode ser gravado ou fotografado está sempre presente. Antes, se um fotógrafo tirava uma foto comprometedora, o piloto podia pedir a imagem e tudo acabava ali. Agora, se alguém tira uma foto com o celular, ela vai para a internet e fica lá para sempre.”
A Era das Festas Espontâneas
O relato de Priestley ilumina uma era mais espontânea e menos vigiada da Fórmula 1, onde pilotos como Hamilton e Räikkönen podiam viver intensamente tanto nas pistas quanto fora delas, sem a preocupação de se tornarem memes ou de serem alvo de manchetes negativas no dia seguinte.
Para Lewis Hamilton, sua trajetória após 2008 o transformou em um ícone global, cada vez mais reservado em relação à sua vida pessoal. No entanto, para aqueles que estiveram próximos dele durante a conquista de seu primeiro título, como Priestley, a lembrança que persiste é de um jovem campeão que se divertia tocando música na cabine de DJ, acompanhado por uma estrela pop, revelando um lado que o grande público raramente teve a oportunidade de conhecer.
